O João tem agora 5 anos e tem diabetes tipo 1 desde os 21 meses. Neste espaço partilho tanto as minhas alegrias e as minhas conquistas, como os meus receios e tristezas em relação à diabetes do meu filho, na esperança de que a minha história ajude outros pais de crianças com diabetes.















segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Às voltas com as glicémias nocturnas...

Há meses que ando a tentar controlar as glicémias do João durante a noite. Tem sempre tendência para ter valores muito altos (a rondar os 200 ou acima disso) ou então hipoglicémias sucessivas (embora as hipos sejam muito menos frequentes do que as hipers). A coisa piorou quando estavamos de férias, na praia. Ele chegava à ceia com valores exemplares, deitava-se com valores óptimos, uma hora depois estava com 300 e tal. Comecei a ter que dar humalog para corrigir esses valores todos os dias, por volta da meia noite (e passar o resto da noite em alerta, com medo do que poderia acontecer).

Quando tivemos consulta de novo, no final de Agosto, a médica decidiu diminuir a Lantus (passar de 7 para 6 unidades ao deitar) e dar insulina rápida à ceia também. Resultado: desastre! Valores altos todas as noites e glicémia em jejum sempre acima de 160.

Agora voltámos a dar as 7 unidades de Lantus. Mas mesmo assim não consigo acertar com estas glicémias. Nas duas últimas noites, chegou à ceia com 70. Na primeira noite comeu duas porções de HC e levou meia unidade de humalog. Resultado: toda a noite com 200 e acordou com 169. Na segunda noite (esta noite) dei-lhe só uma porção de HC e a mesma meia unidade de humalog. Á meia noite tinha 135. Dei-lhe meia porção de HC, por precaução; às 2h00 tinha 235, fiquei descansada; acordou com 54.

Que desespero!

sábado, 3 de setembro de 2011

Horário de administração da Lantus

Desde a altura do diagnóstico, a nossa vida passou a ser muito mais planeada e os horários muito mais rígidos. Sou uma pessoa muito organizada, por isso não foi o que me custou mais. Já me habituei à ideia de que um jantar com amigos fora de casa tem de ser preparado cuidadosamente (tento sempre informar-me sobre a hora combinada, os possíveis atrasos, a ementa disponível, levou sempre uma comidinha – um plano B, pois uma criança de 4 anos, por muito boa boca que seja, não deixa de ser uma criança de 4 anos! – verifico se a malinha com as insulinas está bem equipada, enfim, o habitual para uma família doce).

Os médicos já me disseram que podia ser um pouco menos flexível relativamente aos horário das refeições, mas confesso que ainda não consegui pôr o conselho em prática. Parece que se ele não lanchar às 15h00 em ponto lhe vai acontecer alguma coisa ruim!

Curiosamente, a única coisa com que não costumo ser tão rigorosa em termos de horários é a hora de dar a lantus. Afinal, aprendi na última consulta que é muito importante administrar a insulina lenta sempre exactamente à mesma hora, pois, como a lantus actua durante 24 horas, um atraso de 15 minutos implica um período de tempo em que o organismo fica sem insulina absolutamente nenhuma. Já pus um alarme (mais um) no meu telemóvel, para conseguir ser ainda mais rigorosa com esse horário.

Sempre a aprender!